Despidos de medos, plantámos a nossa flor.
Afirmámos o nosso amor ante um mundo recheado de outros. Despidos de medos, plantámos a nossa flor. Nesse dia, meu amor, escolhemos o lugar perfeito para dizer que sim e trocar corações. Fez-se chuva. No ímpeto de uma inquietação doentia, onde se congregavam duas vidas e se caminhava uma última vez, sem amparo. Fez-se chuva e começou a nascer. Num segundo, unimos as mãos direitas sob a maior jura de amor. Abraçámo-nos. Concedemo-nos abrigo. Concedemos-lhe o sol. Libertos de pensamentos. Entregues a esta graça que a vida nos deu. Eternos um do outro, jurámo-nos para a vida. Completamente certos de que todos os segundos seriam vividos a dois. Plenos de um amor imenso, que carregamos neste bater. Um tudo. O tudo. Que nos faz remates um do outro e princípio de um novo existir. Firmou-se a primeira pétala. Brotou no preciso momento em que nos reparámos os rostos. Aproximei-me. Aproximaste-te. Segurámos um beijo e ergueu-se este nosso vernáculo jardim. Coberto de sentimentos, palavras, juras e afirmações. Vestido de ti. Ocupado de mim. Nutrido por nós. É ali. Ali, meu amor. Ali, fazemo-nos absolutos um do outro e semeamos mais amor. Assim, sem dúvidas de que esta é a jura mais bonita desta nova caminhada, juntos. Sobre a felicidade dos dois.