Guardo-a em cativeiro
Perdura em mim uma voz que ainda grita por ti. Que nas manhãs de nevoeiro te chama para me clareares o caminho. E que me arrasta suavemente na tua direcção. O seu eco é tão ensurdecedor… Não tenho meio de a silenciar e muito menos de a arrancar. Guardo-a em cativeiro. Não porque ainda a queira intrínseca a mim, mas porque me é impossível viver sem a carregar. Amo a sua existência e renego a sua persistência. Vivo assim, em paradoxo, desde que te decidiste ser feliz a sós.
… Deixa Ser …