Para nós

Sinto.

Há um desassossego que carregas em ti, que me leva de encontro ao teu abraço desde que te destinaste inteiro em mim. Já as estrelas nos sorriam sem que soubéssemos o que tinham para nos confessar. Já era tanto o que te sinto que não tinha mais por onde o segurar. Aquela noite fez-se perfeita. Como todos os beijos. A começar na tua pele, a terminar no meu perfume. Aquela noite fez-se nossa. Da voz ressoavam os quereres. De mim, os saberes. Sei-te no peito, nos lábios. Sei-te metade de mim. Naquela noite soube, o que é amar-te a ti. Não que o não soubesse desde esse primeiro dia que te vi. Mas porque te firmaste em pleno, dentro de mim. Perdoa-me a sinceridade, meu amor. Suspirava pela hora em que te inscrevias em mim. Aquando o mundo declarasse as noites como um lugar adormecido. Onde de tudo o que se ouve, apenas se deixam ouvir estes nossos bateres. Quero-te, em todos os lençóis onde juntos escolhermos adormecer. Amo-te, por me abrires a alma e a ponteares destes teus sentimentos que não se cansam de crescer.  Já as estrelas nos sorriam sem que soubéssemos o que tinham para nos dizer…

Sinto. E de tudo o que sinto sei, que jamais amei assim.

… Deixa Ser …

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