Amor, ou lágrimas.
Caminho sem que estejas, na tua companhia pelos trilhos da vida. Miserável. De peito vazio mas não desocupado. Desgastada de dissabores. Desgastada de ti. De perto. Mais perto, fraca. Todos os cantos deste meu corpo carregam a angústia de te amar e não te ter. Todos os cantos deste meu corpo se desfazem, em parte, a cada sinal de derrocada. A cada despedida. Vivem na esperança de que se faça sol. Ou amor. Porque é aí que todas as forças se reúnem, mesmo sabendo que o último dia será vivido sob um manto de desprazeres. Ou lágrimas. O amor tem destas coisas. Brinda-nos com a graça de saber que alguém neste mundo sente o mesmo por nós. E depois… Depois leva-nos tudo. E nós ganhamos o hábito de existir em ruína. Porque onde ontem imperava a força, hoje habita meio corpo entregue ao padecimento. Entregue aos fracos.
… Deixa Ser …