Quando de repente não te sei explicar…
Deixa-se sentir logo pela manhã. Chega-me, como quem chama por mim. Inscreve-se. Em todos os detalhes matinais e assenta-me, como que feito para mim. Sim… deixa se sentir logo pela manhã. Num arrepio prazeroso. Sem que precise que o lembre que as manhãs são a hora perfeita para me sussurrar ao ouvido, tudo aquilo que sinto por ti. Veste-me, e faz por me não o soltar o resto do dia. Na certeza de que se estende por todos os cantos e traços da pele, que há em mim. Inteira-me. Sem resistências. Derrama-se. Por todos os lugares onde se faz proferir. E deixa… de caber em mim. Cresce. Até que se me esgotem as palavras que te entregam esta verdade, que até hoje resiste em mim. Sim! Chegámos aqui. A um turbilhão de emoções desmedidas que não têm meio de se segurar. Consomem-me. Nesse descontrolo excessivo de tudo aquilo que hoje sinto, a mais do que ontem, aquando nos despedi. Trespassa-me. E deixa que me assegure de que é aqui. Em ti. Sem que precises que o esclareça. Porque te é claro em mim.
… Deixa Ser …