Será que tem mesmo de ser com outra pessoa ?

Tentar. Falhar. Tentar outra vez. E falhar. Tentar mais uma vez. Voltar a falhar. Tentar vezes sem conta. E falhar vezes sem conta. Falhamos sempre que tentamos. E tentamos sempre que falhamos. A falha alia-se constantemente às nossas tentativas. Tentamos e tentamos construir algo os dois e acabamos sempre por falhar. Tentamos recuperar o que se perdeu, tentamos resolver o que não se conseguiu solucionar, tentamos explicar o que ficou por entender. E falhamos sempre. No entanto, o amor nunca nos falha. E sabemos que a cada falha, amamos mais mas também sabemos que a cada falha nos sentimos mais derrotados. Lutamos por um futuro a dois e tudo se atira para o nosso caminho. E por isso, desistimos. Desistimos por sentir que a luta estava a ser em vão. Por sentir que amar não chega. Por termos conhecimento de todas a incompatibilidades. E por momentos, mergulhámos. Foi por tanto tempo que os nossos corpos estiveram submersos, lutavam consigo próprios, batiam-se, rasgavam-se, e gritavam! Gritavam tanto ! E no silêncio desses gritos, finalmente voltámos ao cimo da água, respirámos em desespero e ao mesmo tempo nos perguntámos: