Para nós

Voltei a respirar

De saber que o acaso nos trouxe, sem que lhe mostrássemos tenções de nos conhecer. Ofereceu-nos noites de lua cheia e pediu que nos apresentássemos. Sem impedimentos. Ou mesmo com todos eles. Sentámo-nos. Sorri. Senti-me atravessada no segundo em que cruzámos os rostos. Voltei a sorrir e alguém te chamou. Perdi o desembaraço. A timidez subia-me pelo corpo acima e evitei olhar-te uma segunda vez. Ou todas as vezes, na verdade. Não sabia se queria reconhecer o que se estava a fazer sentir em mim. Talvez não estivesse preparada para receber tudo isto. Ou melhor. Deixar crescer tudo isto.

Guardei-te em mim. Nesse lugar tão fundo que não nos permite recordar o que sentimos. E segui caminho. Não tive coragem de reconhecer os medos. Ou enfrentar o que me fizeste chegar. Esse mar imenso de emoções. Tão simples. Tão boas. Tão vivas. Tão humanas.

Mas faltou-me dizer-te…

Tiras-me o sono. E a vontade de dormir.

… Deixa Ser …

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