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A vida não se faz sem amar.
Meus queridos sobrinhos, Amor. O que mais quero que retenham é esta pequena palavra que para todos significa tanto e de tantas formas diferentes. Amor. O que mais quero que retenham é exactamente isto, amor. E que saibam que a chave de tudo, nesta vida, e em qualquer outra, é esta doce palavra pequenina. Amor. Quero que amem, que aprendam que é a amar que conquistamos o mundo. Que é no amor que está a razão. Que é no amor que está a cura. Que é com amor que a vida segue e nesse amor que seguimos com ela. O que mais quero neste mundo é que caminhem sobre a…
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Medeia – João Garcia Miguel
Ali, naquele palco, naquela sala, encontramos Medeia. Uma Medeia sem medo que nos toca com o seu desespero, a sua dor, a sua loucura e o seu amor.. Esta nova criação de João Garcia Miguel apresenta-se num palco praticamente desprovido de materiais mas que se enche, em toda a peça, quando atravessado pelo fantástico desenho de luz e pelo trabalho de som que acompanha cada fala, numa doce composição para piano. Todo este trabalho de produção espelha as emoções explosivas de Medeia, personagem retratada pela actriz Sara Ribeiro que nos oferece sempre uma experiência vulcânica de si. Com ela, temos o prazer de ver o palco ser engolido pelo seu…
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Manel, 6
Seis anos de ti, são seis anos de tanto… De um tanto cheio de tudo desde esse primeiro dia em que te cheirei pela primeira vez.. em que te segurei sob um amor incondicional e o mundo, num segundo, parou de girar. O dia em que te senti meu, o dia em que te senti parte de mim. A mais plena parte de mim. Seis anos de ti, são seis anos de todo esse amor que me ensinas a sentir, sempre que me entregas um abraço sem fundo e recuamos seis anos de nós. E num segundo, o mundo volta a parar de rodar. Porque não há quem sinta o que nos…
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As palavras que, por vontade, não te direi
Se não o sentiste espera que te chegue. O tempo. O tempo em que num olhar mais firme, sabes que te aconteceu. E onde nada existia, já tudo se sentia. Como se nos atravessasse de rompante e nessa hora, já era amor. Todos esses instantes se enchem de histórias. Trocam-se palavras. Trocam-se memórias. E há uma história em tudo isto que ele me deixou. Outra no pouco que levou. E tantas em tudo o que nunca me trouxe. Nesse dia, corria por mim um misto de emoções. Senti tudo o que nunca, antes, havia sentido em mim. Fez-se maior que eu. Fez-se maior que o mundo. Amá-lo assim, era amar para lá de…
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Dédalo -Miguel Graça
Um texto que nos enche de um nada que nos diz tudo. Que nos leva numa viagem incessante por entre palavras que todos conhecemos e histórias que já todos vivemos. Aproxima-nos. Afasta-nos. Faz-nos conceber em mente cada uma das descrições narradas e coloca-nos em cada uma delas, como se fôssemos essa quarta pessoa de que tanto se fala mas que nunca se vê. Num reboliço de emoções, peripécias e desilusões, dois actores, presentes, e um autor, ausente, cansam e conquistam-nos o pensamento entrando e saindo da realidade, somando pitadas de ficção. Contam-nos as suas histórias sem nunca sabermos o quanto suas são mas falam-nos desse aqui e agora onde temos…
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Actores – Marco Martins
Uma peça que se concentra no trabalho puro do actor. Na construção e descontracção da personagem numa dimensão muito mais violenta. Num construir e desconstruir quase instantâneo. Com a preocupação de não espelhar um início, meio e fim contínuos. Com a preocupação de amachucar a comodidade. Num passar e repassar de emoções distintas à velocidade da luz envolvido num trabalho corporal exaustivo para cada um dos actores. Um trabalho desenvolvido em volta das memórias, vivências, peças e trabalhos anteriores de cada uma das pessoas escolhidas para um cenário vestido de laboratório experimental onde cada um deles, recorda, revive, peças e trabalhos anteriores carregados de personagens tão cheias. Mas mais que…
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Só entre nós acendemos as estrelas do céu
4 anos. 4 anos indescritíveis. De brincadeiras doidas, beijos inesperados, aventuras novas e sentimentos despertados. És, sem dúvida nenhuma, o mais companheiro, o mais desafiador, o mais reguila e acima de tudo, o mais imprevisível… numa doce fugida aos meus teimosos beijinhos, sorris… e dizes… “tia.. tinha saudades tuas”. E num segundo, levas-me tudo. E devolves-me o mundo inteiro num abraço sentido. Meu amor, minha segunda parte do meu coração fora do peito, em todas as etapas, em todas as corridas, em todas as conquistas, estarei mesmo aqui. A um passo de ti, para te segurar nesse abraço profundo, que nos faz só um. Onde juntos apagamos as luzes do…
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Hoje sonhei contigo.
Hoje sonhei contigo. E pela primeira vez, em meses, sonhei que estávamos juntos. Sem medo de voltar a falhar. Sem pressa de nos consumar. Como se tudo o que tivemos de errado se tivesse soltado de nós. Voltámos àquele primeiro dia, onde tudo se fazia sem ideia de um fim. Tu não resistias ao meu sorriso. Eu não resistia ao cheiro que trazias contigo. Nessa doce noite, encontrei-te sob um manto de água, enquanto esperavas por mim. Seguravas um guarda-chuva com medo que o tempo fosse motivo para não me teres só para ti. Conversámos até vermos o dia seguinte nascer. E num silêncio receoso, sorrimos. Estávamos a trocar corações há…
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Há qualquer coisa dentro de mim desde esse primeiro dia em que te vi
Não sei escrever sobre ti. Não sei escrever sobre nós. Na verdade não sei por onde começar, nem como continuar. Nunca conheci alguém que me desse tanta luta. Capaz de me fazer engolir o medo e seguir. Sobre a incerteza de certeza nenhuma. Sobre um desconhecido incitador. Vejo-te vestido de silêncios de história. Onde a cada estremecer das nossas respirações se ouve um mar de inquietações. E de seguida, um sorriso. Como se nada disso importasse naquele preciso momento. E num silêncio dizíamos tanto. Assusta-me esta energia que me fazes sentir desde esse primeiro dia em que te vi. Faz-me querer ter-te por perto. Faz-me querer estar por perto. E…
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Simples
Segurei-me a tudo o que deixaste de errado e resolvi-te dentro de mim. Como que para deixar de sentir precisasse de deixar de gostar. Simples. Semeaste uma infinidade de emoções, desmedidas, que me ocuparam os cantos, desprovidos de sentidos, e juraste não mais partir. Simples. Fomentámos um sentimento maior. Acreditámos na combinação, pura, entre dois corpos nus. Completamente despidos de outras afeições. Fomos a inteira parte um do outro. Sem outras interpretações. Sem essas interrogações. Simples. Dois corações trocados. Duas almas rendidas. Sei que nada se perdeu nesse rasgar de compromissos. Sei que nada se esqueceu nessa corrida pelo tempo. Nessa vontade de suprimir todo o amor que se viveu.…